Mata Escura é um bairro da capital baiana, Salvador.
Por ter-se originado num lugar de cerrada Mata atlântica, recebeu o lugar esta denominação.
No seculo XVIII, quando existia o quilombo da Bahia no pelourinho e os escravos sofriam torturas e quando não se submetiam às tarefas impostas, os escravos eram severamente punidos pelos feitores, que organizavam o trabalho e evitavam a realização de fugas. Quando pegos infringindo alguma norma, os escravos eram amarrados no tronco e açoitados com um chicote que abria feridas na pele. Em casos mais severos, as punições poderiam incluir a mutilação, a castração ou a amputação de alguma parte do corpo. De fato, a vida dos escravos negros no espaço colonial era cercada pelo signo do abuso e do sofrimento. E quando não suportavam mais fugiam do pelourinho atravessando o rio Camurujipe (BR324) e entrava na Mata fechada, e quando perguntavam cadê o negro ? as pessoas respondiam entrou na Mata Escura, portanto além de ser parte da Mata Atlântica também é parte da história dos escravos no Brasil.
No ano de 1870 o local foi objeto de arrendamento por parte de Flaviano Manoel Muniz e Maximiniano José da Encarnação, de sua proprietária, cujo nome conhecido é apenas Dona Feliciana - tendo sido a mesma loteada.
No final do século XIX e início do século XX ali foram instalados alguns importantes terreiros de Candomblé entre eles a Casa de Oxumare e o Terreiro Bate Folha este, lembrado em um grande sucesso, cantado pela estrela da Axé Music, Margareth Menezes, e hoje tombados como Patrimônio Histórico Nacional, pelo IPHAN.
Na década de 1930 do século passado, já se constatava a formação de núcleos de povoamento, com vários casebres - o que torna este bairro o primeiro a iniciar a expansão interiorana da Capital.
Ainda na década de 30 foram construídas, para o abastecimento da cidade, duas represas no Rio Camurujipe, que corta o bairro:Prata e Mata Escura - projetadas pelo grande engenheiro baiano Teodoro Fernandes Sampaio.
Até a década de 1970, o rio é fonte de abastecimento de água da cidade.Foi em 1987 quando a represa de Mata Escura foi desativada pela Embasa para abastecimento público.
Segundo a definição do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de 2000, o Caramajipe pertence à bacia homônima.
Na década de 1950 foi ali erguida a penitenciária Lemos de Brito, ainda hoje o maior presídio do estado, que possui um importante acervo histórico em seu museu.
Com o grande crescimento populacional de Salvador, a Mata Escura foi objeto do avanço urbanizador, com a instalação em sua área de diversos conjuntos habitacionais, a partir dos anos 80. Além dessas construções, diversas "invasões" ocorrem, sobretudo nas áreas remanescentes da mata, ao sul da Penintenciária.
Assim como em muitos outros bairros da capital baiana, a Mata Escura possui diversos problemas urbanos, relacionados ao transporte, Segurança publica, Saúde, Educação,Emprego e renda, Área de Lazer, Espaço cultural, limpeza pública e esgotamento sanitário, abrigando uma população de cerca de cem mil habitantes.
Geografia
Limita-se com o Cabula, Marechal Rondon, Jd. Sto Inacio, Pau da Lima e Brasilgás. e suas vias de acesso são a Estrada da Sussuarana pra quem vem da praia, e a Av. Cardeal Avelar Brandão Vilella, a famosa Estrada das Barreiras em seu prolongamento que segue até Brasilgás.
O Sarau da MATA é um movimento cultural que vem acontecendo quinzenalmente no Bairro da Mata Escura. É um espaço onde artista e grupos da comunidade e vizinhança podem mostrar sua arte e seu talento de maneira livre e democrática. A cada encontro acontece uma surpresa apaixonante deixando os participantes ansiosos para o próximo encontro e estes retornam trazendo sempre mais um convidado. Sinta-se convidado a fazer parte dessa festa e traga seus pares.
A oficina de fanfarra é uma das atividades mais importantes do programa Escola Aberta que é realizado na Escola Estadual Márcia Meccia, em Salvador. A atividade tem sido, inclusive, motivo de destaque para a escola, pois os integrantes da fanfarra já foram premiados em competições de que participaram.
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